sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"O homem, quando jovem, é só, apesar de suas múltiplas experiências". (Hélio Pellegrino)

4° ATO

O calendário teima em dizer que é um novo dia, mas, para mim, todos são iguais. A platéia é o que sempre muda. Ou não... Há muito não reparo. É mais confortável assim. Quantos rostos diferentes podem existir? Bêbados, prostitutas, pseudos bons maridos e estudantes com cérebros mortos. Dizendo mentiras que me inclino a acreditar e verdades que jamais seriam ditas fora daqui. Belas vozes, palavrões escrotos, maldizeres e falsos elogios. Ouço tudo, até começar a tocar. Tiro o instrumento da caixa e o mundo começa a se distanciar. Coloco a boca. E, deste beijo, surge à música.

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Um constante vir a ser. Seguindo a sombra dos moinhos de vento...